Vamos falar de Vinil

 

Episódio #09

Episódio #09

Um pouco da história do Vinil

A história do vinil remonta ao final do século XIX, quando inventores e engenheiros estavam explorando maneiras de gravar e reproduzir som. No entanto, foi apenas na década de 1940 que os discos de vinil, tomaram forma e começaram a se tornar populares.

Os primeiros discos de vinil foram desenvolvidos com goma-laca, que tornavam os discos frágeis e tinham quantidade de armazenamento de áudio limitada (1 música por disco). Após alguns anos, os discos de vinil passaram a ser produzidos em PVC (policloreto de vinila) e podiam armazenar aproximadamente 30 minutos de áudio em cada lado do disco. Esses discos se tornaram comuns durante a década de 1940.

Na década de 1950, a comercialização de toca-discos cada vez mais passou a depender da capacidade dos aparelhos de reproduzirem sons que fossem considerados “fiéis” ao som original, isto é, que permitissem ao ouvinte sentir-se como se estivesse escutando o som ao vivo. Assim, a busca por equipamentos que apresentassem certas características (redução de ruídos, chiados e distorções para níveis virtualmente inaudíveis; capacidade de reproduzir frequências baixas de modo satisfatório; e possibilidade de apresentar altos níveis de volume, entre outras qualidades) passou a fazer parte da estratégia de marketing das empresas, bem como do desejo dos consumidores. Para refletir esta busca, criou-se o conceito de “alta-fidelidade”.

Esta busca levou ao desenvolvimento de inovações no LP que passou, por exemplo, a contar com 2 canais de áudio para reprodução, o que passou a ser conhecido como estereofonia. Esta noção pode ser aplicada a diversos produtos culturais que envolvam a reprodução de sons, como o rádio, a televisão e o cinema. Em relação aos discos, esta inovação foi incorporada a partir do lançamento de um disco da banda Dukes of Dixieland, em março de 1958, pela pequena gravadora Audio Fidelity, tornando-se padrão na música popular a partir do final da década de 1960.

A década de 1960 foi marcada pelo auge da popularidade do vinil. A música pop e rock estava em ascensão, e os discos de vinil se tornaram uma maneira essencial de os artistas compartilharem suas músicas com o público. Nesse período, os discos de vinil passaram por várias inovações técnicas, incluindo melhorias na qualidade de áudio e a introdução dos discos estéreo.

O mercado do vinil atingiu o seu auge na década de 1980. Entretanto, a invenção do Compact Disc (CD) que ficou por muitos anos em desenvolvimento e foi finalmente lançado em agosto de 1982, na Alemanha, pela gravadora PolyGram, trouxe um novo conceito: a gravação e reprodução digital, substituindo a agulha que realiza um movimento análogo ao do som gravado no disco por um raio laser que lê os bits gravados no disco e os traduz em sons audíveis. O novo formato prometia maior capacidade, durabilidade e clareza sonora, com a eliminação de chiados. Nos Estados Unidos, já em 1986 as vendas de CDs ultrapassaram aquelas de discos de vinil.

Apesar disso, o vinil nunca desapareceu por completo. Muitos entusiastas da música continuaram a valorizar a qualidade de som única e o aspecto tangível dos discos de vinil. Na década de 2000, houve um ressurgimento do interesse pelo vinil, especialmente entre colecionadores e amantes da música.

Hoje, o vinil se mantém como uma forma de arte e apreciação musical. Os discos de vinil têm um apelo nostálgico e oferecem uma experiência física e analógica que muitos fãs da música valorizam. A cultura do vinil continua a prosperar, conectando gerações e mantendo viva a história dessa forma icônica de reprodução de áudio.

De que é feito um Vinil? Como reproduzimos a música?

O vinil é um formato de mídia musical que utiliza discos planos feitos de PVC (policloreto de vinila) para gravar e reproduzir som. Ele é composto por várias partes essenciais:

  1. Sulcos: Os sulcos são as ranhuras em espiral que percorrem a superfície do disco de vinil. As informações de áudio são gravadas nos sulcos, com variações na profundidade e espaçamento representando as diferentes frequências sonoras.

  2. Groove: O groove (ranhura) é a parte esculpida no disco onde a agulha da vitrola se encaixa para ler as informações gravadas. Ele é o principal componente responsável pela reprodução do som.

  3. Agulha: A agulha é a parte da vitrola que entra em contato com os sulcos do vinil. Ela vibra conforme percorre os sulcos, convertendo as variações mecânicas em sinal elétrico que é então amplificado e reproduzido como som.

  4. Braço da Vitrola: O braço da vitrola é responsável por posicionar a agulha no início dos sulcos do vinil e guiá-la ao longo do groove durante a reprodução.

  5. Cápsula Fonográfica: A cápsula fonográfica é o componente da vitrola que abriga a agulha e os elementos que convertem as vibrações mecânicas em sinal elétrico. Ela é conectada ao braço da vitrola.

  6. Rotação: Os discos de vinil giram em um prato giratório da vitrola. A rotação é medida em rotações por minuto (RPM). Os discos de 33⅓ RPM e 45 RPM são os mais comuns.

  7. Velocidade Variável: A velocidade varia ao longo do disco, com a faixa mais externa girando mais lentamente do que a faixa interna. Isso é necessário para garantir que as faixas tenham durações consistentes.

  8. Tamanho e Lados: Os discos de vinil podem ter tamanhos diferentes, sendo o LP (Long Play) de 12 polegadas o mais comum. Eles podem ter um ou dois lados, com cada lado contendo uma seleção de faixas musicais.

  9. Qualidade de Som: O vinil é apreciado por sua qualidade de som analógico, que muitos consideram mais quente e autêntico em comparação com formatos digitais. No entanto, a qualidade também depende da condição do vinil e do equipamento de reprodução.

O vinil possui uma rica história cultural e continua a ser apreciado por colecionadores e entusiastas da música por sua estética, valor artístico e caráter nostálgico.

E por fim, conheça alguns dos toca-discos que você encontra aqui na NEXTTHOUSE?

Foto: Master Innovation da Clearaudio

Foto: Concept da Clearaudio

Foto: Reference Jubilee da Clearaudio

Foto: MT10 Precision Turntable da McIntosh

Foto: MT2 Precision Turntable da McIntosh

Foto: Mt5 Precision Turntable da McIntosh

Foto: Solstice Special Edition da Naim

Foto: C558 da NAD

Postar um comentário

0 Comentários