Episódio #52
Episódio #52
Dolby Atmos não é apenas uma tecnologia; é uma revolução no mundo do áudio. Sua estreia em 2012, junto com o lançamento do filme ‘Brave’ da Pixar, não foi apenas um marco para a indústria cinematográfica, mas o início de uma nova era em som 3D. Imagine estar em sua sala de estar, ou talvez em um cinema local, e sentir o som circulando ao seu redor, não apenas ao lado, mas também acima de você, criando uma esfera de áudio que te envolve completamente. Essa é a magia do Dolby Atmos. Hoje, seja no seu smartphone, televisão ou no cinema, o áudio que você ouve provavelmente tem a assinatura da Dolby. Mas o que realmente significa essa tecnologia que se tornou quase onipresente em nossas vidas?
Sinopse
A Dolby, uma marca já conhecida em quase todos os lares, não é apenas uma empresa; é um sinônimo de inovação no mundo audiovisual. Mas, você realmente sabe o que está por trás dessa marca multibilionária que se tornou um marco no setor? Ao final deste artigo, você não só entenderá o que é a Dolby, mas também terá uma visão clara sobre sua mais recente e empolgante inovação: o Dolby Atmos.
Antes de nos aprofundarmos nas nuances do Dolby Atmos e explorarmos o que torna este sistema tão revolucionário, vamos começar com uma breve introdução sobre a própria Dolby. Por que ela é tão respeitada e o que fez dela o gigante que é hoje? O Dolby Atmos é apenas a ponta do iceberg. Intrigado? Nós também estamos. Vamos mergulhar juntos na história da Dolby e descobrir por que eles são o fenômeno que são hoje.
Vamos voltar no tempo
A saga do Dolby Atmos começa com um visionário: Ray Dolby. Mais do que um inventor, Dolby foi um maestro que harmonizou arte e ciência, deixando um legado duradouro no mundo audiovisual até o fim de sua vida. Nascido em Oregon em 1933 e mais tarde radicado em São Francisco, sua paixão por áudio e vídeo foi cimentada desde cedo. Durante empregos de verão na Ampex, em Redwood City, ele iniciou sua jornada, mergulhando nas profundezas da tecnologia de áudio em 1949. Sua contribuição foi crucial no desenvolvimento dos primeiros protótipos de fita de vídeo, culminando no lançamento da fita de vídeo Quadruplex em 1956 — um marco na história das gravações analógicas.
Esta habilidade inata levou Dolby à prestigiosa Stanford University em 1956, onde obteve seu bacharelado em Engenharia Elétrica. Sua sede de conhecimento o levou ainda mais longe, até a Universidade de Cambridge, onde recebeu uma bolsa em física em 1961 e pesquisou no Pembroke College. Foi essa conexão com o Reino Unido que inspirou a fundação dos Laboratórios Dolby em Londres, em 1965, após um período como consultor técnico da ONU. Começando modestamente com uma equipe de quatro pessoas, Dolby estava prestes a revolucionar o mundo do som.
Naquela época, o áudio para cinema e televisão era limitado a um canal único, restringindo as possibilidades criativas dos produtores. Dolby viu além dessas limitações. Em 1965, ele inovou com a invenção do Dolby Sound System, abrindo caminho para incontáveis avanços no campo do som cinematográfico. Ray Dolby não apenas transformou a indústria; ele redefiniu a maneira como experienciamos o cinema e a televisão. Sua visão e genialidade ecoam até hoje, em cada nota, diálogo e efeito sonoro que ressoa em salas de cinema e lares ao redor do mundo. É dessa fonte de inovação e dedicação que emergiu o Dolby Atmos, a próxima fronteira do áudio imersivo.
Redução de ruído
A jornada revolucionária da Dolby no mundo do áudio começou com uma invenção transformadora: o Dolby 301, o pioneiro da família de sistemas de redução de ruído Dolby. Projetado para o cenário dos estúdios profissionais, o Dolby 301 incorporou o inovador Dolby Type A, o primeiro em uma série de sistemas que mudariam para sempre o panorama do som gravado. Este sistema foi uma solução elegante para um problema persistente na era das gravações em fita magnética: o indesejável chiado.
A mágica do Dolby 301 residia em sua abordagem dupla durante o processo de gravação e reprodução. Durante a gravação, a pré-ênfase aumentava as frequências mais baixas, enquanto na reprodução, a de-ênfase atuava inversamente, reduzindo essas frequências. Essa combinação não era apenas técnica, era uma dança entre os sons, equilibrando-os de maneira que o chiado da fita, especialmente perceptível em uma frequência específica, fosse significativamente diminuído.
O impacto desse sistema foi imenso. De repente, os engenheiros de som tinham em mãos uma ferramenta que não apenas reduzia o ruído de fundo, mas também preservava a integridade e a riqueza dos sons gravados. O Dolby 301 e o Dolby Type A não eram apenas equipamentos; eram os guardiões da pureza sonora, assegurando que o que era gravado em estúdio chegasse aos ouvidos do público com a maior fidelidade possível.
Esse avanço tecnológico abriu as portas para inúmeras inovações no mundo do áudio. O Dolby 301 não foi apenas um produto; foi o início de uma era, um marco na história do som que pavimentou o caminho para futuras gerações de tecnologias Dolby, culminando na experiência imersiva do Dolby Atmos. Com o Dolby 301, a Dolby estabeleceu seu nome como sinônimo de excelência sonora, redefinindo o que era possível no mundo da gravação e reprodução de áudio.
Em uma virada decisiva para a indústria de áudio, 1966 marcou a entrada triunfal do Dolby A, uma inovação pioneira da Dolby Laboratories, que transformou completamente os estúdios de gravação profissionais. Nascido apenas um ano após a fundação da empresa, o Dolby A, integrado ao Dolby 361, rapidamente se estabeleceu como a espinha dorsal da gravação de áudio, alinhando-se perfeitamente com o avanço da era da gravação multipista. Este avanço tecnológico não apenas redefiniu os padrões da indústria, mas também abriu caminho para a transição para o Dolby SR em 1986, um sistema de gravação espectral de quatro canais, que ainda hoje é uma ferramenta crucial para engenheiros de gravação, pós-produção e outros profissionais de áudio, consolidando-se como a norma em quase todas as impressões de filmes de 35 mm.
A trajetória inovadora da Dolby Laboratories ganhou um novo capítulo em 1968, com a mudança da empresa de Londres para São Francisco, e o consequente lançamento do Dolby B. Este sistema, desenhado primordialmente para fitas cassete, revolucionou a forma como a música era gravada e reproduzida em todo o mundo. Tornando-se o padrão de facto para fitas cassete até meados da década de 70, o Dolby B se destacou por sua simplicidade e acessibilidade, mantendo sua relevância entre aficionados por fitas cassete até os dias atuais.
Os anos 80 testemunharam um clamor por melhorias na qualidade sonora das fitas, uma demanda que foi atendida com o lançamento do Dolby C em 1981. Este sistema, adotado em toca-fitas de última geração como o NAD 6150C, elevou os padrões de redução de ruído, redefinindo novamente as expectativas de qualidade de áudio na indústria.
No final da década, em 1989, o Dolby S chegou ao mercado, oferecendo um nível de redução de ruído ainda mais elevado. Apesar de ser uma versão mais compacta do SR e de ser integrado em equipamentos de gravação de ponta, o Dolby S enfrentou um desafio inesperado: a ascensão do disco compacto (CD), que começava a substituir a fita cassete no mercado. Assim, apesar de suas inovações, o Dolby S encontrou um caminho mais desafiador para ganhar popularidade entre os consumidores.
Algumas coisas mais
Ao lado de seu revolucionário sistema de redução de ruído, os Laboratórios Dolby foram os arquitetos de várias outras inovações tecnológicas marcantes. Em 1975, eles desbravaram novos territórios com o lançamento do Dolby Stereo, uma tecnologia capaz de incorporar canais centrais e surround adicionais, matrizados a partir dos canais esquerdo e direito, e ainda equipada com redução de ruído. Essa inovação rapidamente se espalhou por milhares de cinemas ao redor do mundo e, com o tempo, evoluiu para o Dolby Surround para lançamentos cinematográficos e para o Dolby Pro Logic para aplicações domésticas.
A jornada da Dolby continuou em 1992 com o lançamento do Dolby Digital, inicialmente desenvolvido para discos a laser. Apesar do formato de disco a laser não ter alcançado o sucesso esperado, o Dolby Digital encontrou seu lugar como padrão nas especificações do DVD, consolidando sua importância na história do áudio e vídeo. Em 2010, a Dolby introduziu o Dolby 7.1, uma tecnologia que rapidamente foi adotada em cinemas ao redor do mundo, ganhando enorme popularidade. Este sucesso abriu caminho para o lançamento do Atmos em 2012, uma tecnologia ainda mais avançada.
Ao longo dos anos, a Dolby demonstrou um interesse notável e muitas vezes se destacou em quase todos os aspectos da indústria de gravação de som. Sua abordagem inovadora à redução de ruído, reprodução de som e processamento de vídeo deixou uma marca indelével em vários campos. No entanto, o foco deste artigo é o envolvimento da Dolby no som surround doméstico, em particular suas inovações mais recentes, que continuam a definir os padrões de qualidade e imersão em experiências auditivas em casa.
Dolby Atmos
Como um marco no mundo da tecnologia de áudio, o Dolby Atmos representa uma era de inovação e imersão sonora sem precedentes. Desenvolvido inicialmente para o uso profissional no cinema, o Atmos revolucionou a maneira como os sons são manipulados e percebidos. Esta tecnologia pioneira permite aos produtores de áudio usar faixas ilimitadas, transformando cada som em uma entidade única. Com isso, o cinema alcançou um nível de profundidade e detalhe sonoro nunca antes visto, marcando uma jornada impressionante desde os dias do áudio de canal único.
O Dolby Atmos é inovador por ser o primeiro formato de áudio baseado em objetos sonoros, em vez de canais. Com ele, qualquer som – seja o barulho de um helicóptero, a buzina de um carro, ou o grito de uma criança – pode existir como um objeto de áudio independente, sem as limitações dos canais tradicionais. Esses objetos podem ser posicionados e movidos em qualquer lugar, inclusive acima da cabeça do ouvinte. Os cineastas agora têm liberdade para colocar sons onde eles ocorreriam naturalmente em uma cena, mantendo a integridade artística sem as restrições dos canais. Os sons se movem em um espaço tridimensional, fluindo acima e ao redor do público em harmonia com as imagens, criando uma nova dimensão de realidade. O Dolby Atmos coloca o espectador no centro da ação de maneira nunca antes experimentada.
Esta abordagem pioneira torna o áudio completamente envolvente por natureza. Não são necessários truques tecnológicos para criar essa sensação; o formato em si é projetado para ser aberto, rico e detalhado. A Dolby alcançou um sucesso extraordinário, em parte, porque permitiu aos cineastas recriar suas visões artísticas de maneira fiel. Muitos cineastas renomados atribuíram diretamente às invenções da Dolby um papel crucial em dar vida às suas obras.
E a Dolby não se limitou ao mundo do cinema. Eles expandiram o Atmos para todos os ambientes de audição, incluindo, de forma significativa, o home cinema. Para experimentar esse novo nível de imersão sonora em casa, é necessário um Blu-Ray player atualizado ou um streamer de mídia com as especificações HDMI mais recentes, além de um receptor AV compatível com Atmos. Embora a disponibilidade desses equipamentos possa ser limitada, a Dolby está sempre à frente, com os principais fabricantes implementando a tecnologia em novos produtos.
Um aspecto crucial para a experiência completa do Atmos é a implementação de alto-falantes suspensos. Em casa, em vez de sistemas de som surround convencionais, como os 5.1, 7.1 ou até mesmo os 9.1, o Dolby Atmos oferece uma nova dimensão com configurações como 5.1.2, 7.1.2 e 9.1.2, além de outras possibilidades que se estendem até 11.1.8. O último número representa uma inovação: as caixas superiores, que introduzem o elemento vertical ao áudio.
A questão que surge é: realmente precisamos de caixas no teto? Embora o Dolby Atmos acrescente essa dimensão vertical, não é estritamente necessário que as caixas estejam fixadas lá. Engenheiros da Dolby afirmam que a melhor experiência é alcançada quando o som é projetado a partir da altura das caixas existentes e reflete no teto, chegando aos ouvidos do espectador. Para reproduzir esse efeito sem a necessidade de instalar caixas no teto, a Dolby estabeleceu parâmetros e certificações para o desenvolvimento de caixas de som compatíveis com o Dolby Atmos.
Dolby compreendeu desde o início a essência da experiência cinematográfica. Mais do que entretenimento, trata-se de criar um mundo completamente diferente do cotidiano e imergir o público nesse universo, permitindo que ele experimente a história como os personagens. É uma forma de escapismo, a distração perfeita para uma vida agitada. O Atmos representa o próximo passo na imersão total em mundos infinitos que o cinema nos oferece ao toque de um botão. Uma conquista notável para a empresa originária de Portland, Oregon.
E por fim
Na NEXTTHOUSE, temos um conhecimento abrangente sobre muitos aspectos da tecnologia e do design, mas quando se trata de áudio de alta qualidade, nossa expertise realmente brilha. Entendemos profundamente o impacto que um som excepcional pode ter em qualquer experiência, seja ela cinematográfica, musical ou de entretenimento doméstico. É por isso que escolhemos trabalhar com o Dolby Atmos, um sistema que representa o ápice da qualidade sonora. Nosso compromisso com a excelência em áudio significa que não nos contentamos com nada menos do que o melhor. Na NEXTTHOUSE, a qualidade não é apenas uma expectativa – é a nossa garantia. Com o Dolby Atmos, asseguramos aos nossos clientes uma imersão sonora sem paralelos, transformando qualquer ambiente em uma experiência auditiva extraordinária. Aqui, qualidade é a palavra de ordem, e com o Dolby Atmos, ela é elevada a um nível totalmente novo.
Somos mais. Pensamos além. Porque amamos o que fazemos.💚
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